Uma análise inovadora de uma questão central nas relações internacionais: o que é a racionalidade na política? Para entender a política mundial, é preciso entender como os Estados pensam. Os Estados são racionais? Grande parte da teoria das relações internacionais pressupõe que sim, mas muitos acadêmicos acreditam que líderes globais quase nunca agem de forma racional. Examinando conflitos políticos e líderes mundiais do passado e do presente, incluindo George W. Bush e Vladimir Putin, os autores renovam a reflexão sobre esse ponto fundamental, mostrando como se deram os processos racionais (ou irracionais) por trás das grandes decisões políticas da história recente.
A corrida pelo poder, as intrigas diplomáticas e a busca por dominação: reviva a história da Europa entre 1848 e 1918 e compreenda as raízes dos conflitos que moldaram o mundo. Com base em uma riqueza de documentos diplomáticos, A. J. P. Taylor examina neste livro as relações entre as grandes potências quando a Europa ainda era o centro do mundo. Escrita em prosa vigorosa, esta é uma história diplomática desafiadora e original, que também considera as forças políticas e econômicas que tornaram inevitável a guerra continental. “Um clássico” – History Today
Dever e poder analisa a relação entre autonomia e dívida externa da Argentina entre 1983 e 2007. A obra explora as condições que delimitaram o poder de negociação da Argentina com credores internacionais e o impacto desses eventos sobre as relações exteriores do país, particularmente nas relações com os Estados Unidos da América, oferecendo um entendimento abrangente dos fatores que permitem o êxito ou fracasso de iniciativas autonomistas.
Se o governo Biden prometia normalizar a política interna e externa dos Estados Unidos, acabou contrastado vigorosamente pela realidade interna, de um país polarizado, e externa, de um cenário global de crescente e preocupante hostilidade entre potências. O presente volume reflete sobre todos esses temas, abordando a política doméstica, a geopolítica e a economia internacional dos Estados Unidos, e constitui potente contribuição para o debate acerca do momento atual do gigante norte-americano.
Por que as instituições regionais de integração nunca foram uma prioridade nas ideias e ações brasileiras? Por que o Brasil não desenvolveu efetiva capacidade de agência, mesmo nas situações em que a integração regional esteve no primeiro plano na agenda da política externa? Essas questões, desafiadoras e praticamente nunca enfrentadas pelos especialistas em política exterior, constituem o cerne deste livro.
Nesta obra, são exploradas facetas das relações culturais entre Brasil e Estado Unidos sobre as naturezas das iniciativas dos Estados Unidos dirigidas ao meio artístico brasileiro nas décadas de 1960 e 1970. A autora parte do princípio de que havia uma distância entre a realidade, os silêncios tácitos e os objetivos camuflados. O livro está organizado em quatro capítulos: no primeiro, recupera-se brevemente o percurso histórico e bibliográfico sobre a aproximação dos Estados Unidos em relação ao Brasil no campo das artes, assim como se discute o conceito de “políticas de atração”; no segundo capítulo é examinada a conexão entre mostras circulantes promovidas pelo Museum of Modern Art (MoMA) e as “políticas de atração”; o terceiro capítulo é dedicado observar o envolvimento de instituições com as “políticas de atração”, com destaque para o Instituto Brasil-Estados Unidos do Rio de Janeiro (Ibeu RJ); e por fim, são examinadas as relações do Itamaraty com as “políticas de atração” por meio de um estudo de caso: a recuperação da história do Brazilian-American Cultural Institute (BACI), fundado oficialmente em 1964. A hipótese com a qual se trabalha é que “políticas de atração” e ações promovidas pela ditadura militar para o campo artístico não estão necessariamente relacionadas entre si, embora haja convergência de interesses em algumas conjunturas específicas. Desse modo, a instrumentalização da arte e da cultura durante o governo militar foi discutida aqui a partir de casos particulares e de ações específicas, e muitas das análises mais gerais sobre as atividades da diplomacia cultural brasileira durante a Guerra Fria e em relação à ditadura militar permanecem abertas.
O que significou o advento da República para as relações internacionais do Brasil? Com base nesse problema, Clodoaldo Bueno procura mostrar quais foram os interesses nacionais que passaram a sensibilizar os novos dirigentes e quais as tensões internacionais com que se defrontaram. Além disso, o historiador procura especificar a natureza das transformações sociais e econômicas que induziram a uma reorientação de nossa política exterior.
Trump pregou uma peça no mundo político, em 2016, quando chegou à presidência dos Estados Unidos sem experiência governamental ou militar e dominando o Partido Republicano. No mandato, demonstrou capacidade inexcedível para alterar o estado das coisas. Entregou resultados substanciais a seus apoiadores, como redução de impostos, desregulamentações ambientais, reformulação do judiciário federal. No âmbito externo, desapoiou acordos multilaterais, mudou regras migratórias, provocou duras disputas com a China. Terminou o governo com dois processos de impeachment. Os ensaios reunidos neste livro abordam temas dessa ordem e refletem sobre a agenda desafiadora de Biden e o papel dos EUA no sistema internacional.
O presente estudo tem como marco temporal o ano de 2048 e é guiado pela seguinte indagação: quais são os caminhos para que, até 2048, o Brasil tenha uma Política de Defesa alinhada à cooperação em defesa e segurança no seu entorno estratégico? Assim, o cerne do trabalho reside na formulação de uma ferramenta para o planejamento estratégico brasileiro em matéria de defesa e segurança internacional, com foco nas dinâmicas de cooperação regional. Este estudo foi desenvolvido entre os anos de 2012 e 2018, de modo que o contexto de finalização desta publicação é distinto do mundo em que vivíamos durante a elaboração dos cenários. Alguns pontos que levantamos como conjecturas já se concretizaram, e algumas das possibilidades levantadas parecem hoje mais remotas. Contudo, as mudanças que ocorreram nos últimos três anos de forma alguma invalidam as reflexões aqui levantadas. Ao contrário, ao observar as políticas adotadas pelo Brasil à luz desses cenários, somos levados à conclusão de que revisões profundas precisam ser feitas sobre o caminho que estamos trilhando.
O presente estudo de cenários prospectivos teve como ponto de partida e motivação as incertezas, preocupações, esperanças e empenho em fortalecer a universidade pública e a produção científica no Brasil. Ao nos perguntarmos qual será a situação das instituições públicas de ensino superior e da pesquisa no Brasil de 2040, o presente estudo não tem pretensão preditiva, isto é, não se pretende asseverar como será de fato o futuro ou traçar as probabilidades de ocorrência de certos eventos. Seu objetivo é, por meio da construção de cenas futuras, trazer ao debate público os caminhos aos quais podem nos direcionar as decisões tomadas no presente. Busca-se, assim, promover uma reflexão coletiva sobre qual direção estamos tomando e aonde desejamos ou precisamos chegar, em termos de ensino superior e pesquisa acadêmico-científica no Brasil. Ao longo da elaboração deste livro, entre 2020 e 2021, partimos de tendências, potencialidades, obstáculos e desafios que podem significar pontos de inflexão para a universidade pública e a ciência no país, como desigualdades no acesso ao ensino superior, dificuldades financeiras e sistemático corte de recursos públicos, incorporação de novas tecnologias ao ensino e à pesquisa acadêmica, ataques à legitimidade do conhecimento científico, tensionamento das autonomias financeira, administrativa e acadêmico-científica das universidades públicas, evasão de pesquisadores, mercantilização da educação superior, assim como um contexto mais amplo de tensões e acenos de instabilidade política no país e preocupações cada vez mais prementes com problemas ambientais.