Max Horkheimer redigiu os aforismas reunidos em Crepúsculo (Dämmerung) entre 1926 e 1931. Trata-se de uma época crucial da história alemã, quando se decidia o destino da República de Weimar. Horkheimer analisa as três alternativas: os ideais liberais e iluministas de sua constituição, a revolução socialista e a contrarrevolução nazista. Nesse contexto, os aforismas abordam uma ampla gama de temas, desde elementos filosóficos até aspectos de uma sociologia (crítica) da vida cotidiana. São uma súmula de suas reflexões no período em que se preparava para assumir a direção do Instituto de Pesquisa Social.
Max Horkheimer (Stuttgart, 14 de fevereiro de 1895 – Nuremberg, 7 de julho de 1973) foi um filósofo e sociólogo alemão. Foi diretor e professor do Instituto de Pesquisas Sociais, conhecido como Escola de Frankfurt. Editor da revista do instituto, publicou diversos ensaios sobre os fundamentos da chamada "teoria crítica" sobre a sociedade contemporânea.
Em meados da década de 1940, o filósofo alemão Max Horkheimer questiona como evitar que a barbárie, representada pelo nazifascismo e então recentemente derrotada na Europa, retorne ao Ocidente. Para ele, o avanço dos meios técnicos de esclarecimento foi acompanhado por um processo de desumanização, de modo que o progresso ameaça anular o próprio objetivo que deveria realizar: a ideia de homem. Seu objetivo declarado é “investigar o conceito de racionalidade subjacente à nossa cultura industrial contemporânea, a fim de descobrir se esse conceito não contém defeitos que o viciam em sua essência”. Horkheimer toma como ponto de partida a diferenciação entre razão subjetiva e razão objetiva, sendo que a primeira se relaciona à faculdade de calcular probabilidades, de coordenar os meios com um fim, enquanto a segunda remete ao problema do destino humano, à organização da sociedade e à maneira de realização de fins últimos. Da tensão entre ambas, com o predomínio da razão subjetiva em relação à objetiva, emergiu um pensamento transformado em simples instrumento. O autor empreende, assim, uma profunda investigação sobre as intensas mudanças que o advento da industrialização, e com ela o predomínio da técnica, e da racionalização teve sobre a natureza humana, considerando também as implicações filosóficas destas mudanças
O moralista que defendia a elegância, o asceta que apreciava pequenas apostas, o devoto cristão que tinha a efemeridade em alta conta. Pascal é um filósofo mais engraçado e mais irônico do que sua reputação como um existencialista angustiado sugeria. Ainda que os termos de seu irônico projeto sejam irreverentes, seu ímpeto implícito é tão sério quanto profundo. Nesta fantástica introdução a este pensador e seu pensamento, Ben Rogers demonstra a profunda sabedoria presente na defesa pascaliana da loucura do povo - uma defesa de que ele lançava mão a fim de enfatizar os ainda maiores delírios do indivíduo de educação sofisticada.
Nietzsche (1844 - 1900) proclamou: “Deus está morto”. Neste ensaio, Hayman mostra a atualidade deste pensador em suas várias e contraditórias vozes – uma sensibilidade falando persuasivamente sobre o paradoxo como única verdade; a pluralidade como única consistência; a fragmentação como única integridade. E revela um novo Nietzsche para uma era nova, pós-moderna.
Este livro expõe como Sigmund Freud (1856-1939) partiu da "cura pela palavra", adotada pelo Dr. Josef Breuer no final do século XIX, e a transformou, mediante o estudo de seus pacientes, criando a psicanálise. Nesta obra são apresentados os principais conceitos desenvolvidos pelo médico austríaco, como a teoria da sedução, a sexualidade infantil e o complexo de Édipo, e discutem-se as relações entre Freud e Charcot, a ciência fliessiana de Freud e seu legado. Freud, segundo o autor, modificou a perspectiva tradicional da psicologia, que concentrava seu interesse em fenômenos cognitivos, como memória, inteligência e percepção. Segundo o biólogo de Harvard William Norton Weehle, em 1917, o trabalho da psicanálise "teve a coragem de desenterrar o subconsciente, o solo de todo o egoísmo, avidez, luxúria, covardia, preguiça, ódio e inveja que cada um de nós carrega como herança cultural do mundo animal".
Neste livro, Duncan Pritchard leva o leitor às raízes do ceticismo filosófico e o acompanha em um breve passeio pela trajetória do pensamento cético na história. Relacionando o ceticismo a temas sociais importantes, como notícias falsas, pós-verdade e mesmo a negação das mudanças climáticas, o livro busca contribuir para a distinção de formas problemáticas e saudáveis de ceticismo.