Conceitos, características e análises (quatro exemplos em São Paulo)
Este livro inicialmente procura buscar as origens do Primitivismo na arte moderna como forma de justificar a importância desse movimento para a arte naïve. Para isso, Maria Helena Sassi faz uma distinção entre os termos naïf e primitivo, e apresenta uma breve biografia de Henri Rosseau, levantando as características da obra desse importante artista. A seguir, a autora apresenta o surgimento da arte primitiva no Brasil, bem como um histórico da Bienal Naïfs de Piracicaba, desde o seu início até a edição de 2010, pelo importante papel que esse evento representa no cenário nacional.
O foco do texto, porém, está na vida e obra dos artistas selecionados, assim como na análise de três obras de cada um deles. Com base nos depoimentos do crítico de arte Oscar D’Ambrósio e do galerista Roberto Rugiero, a autora faz aproximações da arte naïve com o mercado e com a crítica, para em seguida retomar alguns conceitos do sistema binário de Wölfflin e a alternância do naturalismo na história da arte.
Nesse sentido, a autora demonstra como todos os elementos de sua análise oferecem embasamento para as aproximações finais com um novo olhar sobre a representatividade da arte naïve.
Maria Helena Sassi possui graduação em Letras (1984) pelo Centro Universitário Barão de Mauá e em Artes (2004) pela Faculdades de Artes Alcântara Machado (Faam), além de especialização em Fundamentos da Cultura e das Artes (2009) e mestrado na área de Artes Visuais (2012), ambos pela Univesidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp). É professora da rede municipal de ensino em São Paulo, com experiência em Língua e Literatura Portuguesa e Artes. Divulga a pintura naïve por meio de palestras e oficinas.
Este livro apresenta Deus - e sua encarnação em Jesus Cristo -, segundo a Bíblia, dando ênfase a suas representações nas artes plásticas. A autora recolhe exemplos de pinturas, gravuras ou esculturas que retratam cada episódio marcante da vida do Cristo, sem se ater a determinado período ou movimento artístico. Assim, o leitor tem a oportunidade de apreciar e meditar sobre reproduções de obras medievais, clássicas, barrocas, impressionistas e expressionistas.
Resultado de uma pesquisa bibliográfica e empírica, com viagens por grande parte do Brasil, este livro não so preenche uma lacuna acadêmica sobre a história do circo e a atividade dos palahaços brasileiros, como também – e principalmente – nos faz voltar um pouquinho à infância, pois estuda a arte do palhaço tal como ela é no circo nacional, tomando como base a dramaturgia, a interpretação e a encenação. O livro realiza ainda uma recuperação bibliográfica de parte da história do cirso moderno, com uma investigação das origens dos palhaços, suas influências e aproximações com o teatro. Nesse sentido, inclui a reprodução escrita de toda uma tradição oral de esquetes e entradas, fornecendo um material inédito para pesquisadores e artistas.
A natureza da arte descreve as hipóteses, as teorias e os experimentos produzidos nos últimos sessenta anos por pesquisadores associados ao campo investigativo da cognição, todos tendo em comum uma mesma ambição: tratar a arte como um objeto “natural”, ou seja, não transcendental e objetivamente passível de ser escrutinado.
A tarefa do autor é mostrar que, ao lado das leituras estéticas, teológicas, litúrgicas, tradicionais, uma leitura antropológica é possível. Tais "leituras de ícones" têm como objetivo não somente fazer com que conheçamos melhor as tradições nas quais eles foram concebidos, mas também nos iniciar na prática visionária que os inspirou, permitindo-nos verificar os elementos dos quais o ícone é composto: as cores e as formas que o estruturam, e as razões que explicam seu poder inspirador.
O principal objetivo desta obra é reforçar as pesquisas científicas entre os pesquisadores franceses e brasileiros no domínio das relações entre o cinema e as sociedades que denominamos, a partir de Marc Ferro, de cinema-história. O livro reúne contribuições de pesquisadores reconhecidos em três áreas principais: os fundamentos teóricos da história e das ciências sociais e da representação dos processos históricos, a construção e a reconstrução do passado no cinema e os filmes como lugar de memória e de identidade que se cruzam no discurso fílmico. Os fenômenos são assim circunscritos a partir de um conjunto de suportes audiovisuais pouco abordados no Brasil, sob o ângulo da teoria cinema-história.