A presença de Jean-Paul Sartre, figura emblemática do intelectual engajado e um dos mais influentes pensadores do século XX, nasceu em 21 de junho de 1905 em Paris, na França. Sua trajetória é caracterizada por uma atitude militante da filosofia, onde manifestou a sua solidariedade com os acontecimentos mais importantes de seu tempo, considerado por muitos o símbolo do intelectual engajado.
Em 1964 foi premiado pela Academia Sueca com o Nobel de Literatura, que ele no entanto recusa, pois segundo ele nenhum escritor pode ser transformado em instituição. Faleceu em 15 de abril de 1980, em Paris, e seu funeral foi acompanhado por mais de 50 mil pessoas.
Confira abaixo a seleção de títulos da Editora Unesp:
Autor: Jean-Paul Sartre | 130 páginas | R$ 36 por R$ 10 na Queima de inverno da Editora Unesp até 29 de junho
A presença de Sartre, figura emblemática do intelectual engajado e um dos mais influentes pensadores do século XX, permanece vívida. Ao ensejo do centenário de nascimento do filósofo francês, a reimpressão deste livro é não apenas oportuna, mas necessária para preservar uma peça central da inesquecível passagem de Sartre pelo Brasil. A famosa Conferência de Araraquara ganhou destaque no panorama do pensamento brasileiro de então: nomes maiúsculos da intelligentsia nacional acompanharam uma palestra que não desmereceu o auditório e constituiu instante significativo da obra sartreana. Com o intuito expresso de manter o registro fiel daquele evento, este volume preserva os muitos méritos da edição de 1986 e só se afasta dela em pequenas alterações de revisão e no formato do livro.
Autor: Malcom Guimarães Rodrigues | 244 páginas | R$ 44
Este livro não se pauta nem pela ordem nem pelas metas a partir das quais Sartre escreve a obra de 1943; tampouco serviram de base os diálogos deste filósofo com suas três maiores influências -- Hegel, Husserl e Heidegger. A intenção do texto sequer se compromete com uma cobertura historiográfica completa das influências de Sartre. Trata-se de um trabalho temático, e não de uma descrição da filosofia sartreana que procura, inclusive, se distanciar dos termos que poderiam enviar a outros filósofos, evitando assim um vocabulário mais técnico. Procura-se distender os termos técnicos, pois, para entender a trajetória dos conceitos de consciência e má-fé (e dos conceitos paralelos, como o de "irrefletido"), é preciso responder se e como eles apareciam nas primeiras obras de Sartre.
Autor: Rodrigo Davi Almeida | 136 páginas | R$ 44
Este livro é uma bela "reportagem político-filosofica" de um evento que marcou os espíritos de toda uma geração de jovens e de intelectuais brasileiros: a visita de Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir à nossa pátria tropical, no ano da graça de 1960. Isso vale, em primeiro plano, para os jovens dramaturgos do Oficina e do Arena, que buscavam inspiração no teatro sartriano e acabaram produzindo algumas das mais interessantes peças da cultura subversiva brasileira.
Autor: Franklin Leopoldo e Silva | 264 páginas | R$ 66
Para o filósofo Jean-Paul Sartre, a literatura redescobre a sua função na sociedade quando a sua percepção da realidade passa a ser constituída pela consciência da historicidade. Isso significa um mergulho brutal na atualidade de cada um. A prática literária é então entendida como uma "ação na história", ou seja, uma síntese entre o irredutível e o relativo; e entre "o absoluto moral e metafísico" e a contingência histórica. Neste livro, o filósofo Franklin Leopoldo e Silva mostra por que, para o pensador francês, a tarefa ética da literatura é construir a mediação necessária para que o homem tome consciência de sua alienação. Portanto, escrever é agir, pois significa comprometer-ser com uma ação social conreta e prática, não se limitando apenas a uma atitude de contemplação do mundo.
Autor: François Dosse | 1248 páginas | R$ 248
Vol. 1 – O campo do signo, 1945-1966
Vol. 2 – O canto do cisne, de 1967 a nossos dias
Esta viagem fascinante ao coração do estruturalismo permite seguir as jornadas intelectuais de seus grandes pensadores: de Claude Lévi-Strauss e Roman Jakobson a Michel Foucault, de Louis Althusser e Georges Dumézil a Roland Barthes, passando por Jacques Lacan e Jacques Derrida. O historiador François Dosse reconstitui as questões teóricas, institucionais e existenciais do estruturalismo e as organiza em dois grandes períodos distintos: o de sua ascensão em 1945, até seu apogeu no ano de 1966, objeto do primeiro volume, e o de seu declínio, a partir de 1967, tema deste segundo volume. Desse modo, Dosse oferece ao leitor um guia intelectual útil para identificar a extraordinária abundância pluridisciplinar daqueles anos e para compreender, além dos impasses do programa estruturalista, a influência que esse pensamento continua a desempenhar no processo de recomposição das ciências humanas e sociais contemporâneas.
Autora: Fulvia M. L. Moretto | 161 páginas | R$ 39
Prêmio Jabuti 1995 - 3º lugar na categoria Capa
Estão reunidos nesta obra 28 estudos, em que Fulvia M. L. Moretto percorre pontos cruciais da literatura francesa, apresentando e discutindo aspectos fundamentais de autores e obras que vão do século XVIII ao século XX. Citem-se, entre outras, as admiráveis análises de Diderot, Lamartine, Zola, Baudelaire, Jules Laforgue, Dujardin, André Gide, Jean Cocteau, Jacques Prévert, Jean-Paul Sartre, Paul Valéry, Simone de Beauvoir e Marguerite Yourcenar.