Anne Frank, alemã de origem judaica, nasceu em 12 de junho de 1929 e foi uma das vítimas do Holocausto (1941-1945). Permaneceu escondida em um local que ficou conhecido como "anexo secreto", entre 12 de junho de 1942 e 1° de agosto de 1944, onde começou a escrever o que se tornaria seu famoso diário. Anne Frank e sua família foi levada aos campos de concentração em 1944, falecendo em fevereiro de 1945.
Publicado originalmente com o título de Het Achterhuis. Dagboekbrieven 14 Juni 1942 – 1 Augustus 1944 (O Anexo: Notas do Diário 14 de junho de 1942 - 1º de agosto de 1944), em 1947, foi divulgado em mais de 40 países e traduzido em mais de 70 idiomas.
Suas anotações foram declaradas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como patrimônio da humanidade.
Em memória às vítimas e sobrevivente dos campos de concentração e promover a lembrança dos horrores perpetrados pela barbárie nazista para que não se repita jamais, a Editora Unesp e a Livraria Unesp oferecem 25 % de desconto em livros de Anne Frank e outros relacionados ao tema. Promoção válida até 17 de junho.
Confira abaixo a seleção da Editora Unesp e todos os títulos da Livraria aqui.
Tzvetan Todorov | 461 páginas | De R$ 84 por R$ 63
De todas as instituições do século XX, certamente os campos de concentração estão entre as mais sombrias e assustadoras, justamente por nos revelar uma face da humanidade até então desconhecida ou ao menos ignorada: aquela capaz de organizar racional e institucionalmente o extermínio em massa de seus integrantes. Foi nesses locais de confinamento, tortura e penúria que pudemos observar os limites do homem em situações de terror, tanto dos que o praticam como daqueles que o sofrem. Mas em uma realidade tão drástica e limitadora, haveria espaço para virtudes heroicas, ou ali reinaria apenas o ódio recíproco? Seria então possível refletir sobre a moral das ações de personagens de ambos os lados em um ambiente “desumano” como esse? Todorov mergulha em vasta literatura memorialista dos sobreviventes de campos de concentração, nazistas e soviéticos, e em depoimentos de agentes desses regimes para nos mostrar que a vida nesses lugares, ao contrário do que é comum que se acredite, não perdeu sua dimensão moral. Nos relatos de que se vale o autor, encontramos entre os detentos as mais variadas demonstrações de companheirismo, fidelidade incondicional e resignação estoica, mas também atos de covardia e traição, obviamente compreensíveis em seu contexto. Da mesma forma, conhecemos mais a fundo o sangue-frio e a truculência dos oficiais do regime, mas algumas vezes somos surpreendidos por exemplos seus de comiseração e empatia que parecem tentar escapar às sólidas barreiras do totalitarismo.
Primo Levi | 304 páginas | De R$ 62 por R$ 46,50
O nome de Primo Levi é indissociável do contundente e brilhante relato de sua vida no campo da morte de Auschwitz e da busca pelo seu significado. Sua grandeza, além do valor intrínseco do testemunho da barbárie, está na insistência em questões que confrontam nossas certezas do mundo. Busca entender racionalmente algo que está além de qualquer medida humana para combater aquela que teria sido a realização plena do fascismo: “a consagração do privilégio, a instauração definitiva da não igualdade e da não liberdade”. Nos artigos e ensaios aqui reunidos, Primo Levi volta a discutir o significado do campo de concentração, comparando-o a algo que simultaneamente é e não é humano. Na primeira parte, a inteligência do pensador italiano busca explicar o enigma Auschwitz e seus desdobramentos no pós-guerra. Na segunda, apresenta textos especulativos sobre temas científicos, históricos e literários.
Primo Levi | 289 páginas | R$ 62 por R$ 46,50
Em textos publicados esparsamente entre 1964 e 1984, o químico, escritor e testemunha do Holocausto Primo Levi faz “incursões nos ofícios alheios, caça ilegal em zonas proibidas”, transitando pela zoologia, astronomia, a literatura e pelas ciências naturais. Revelando-se o mais caprichoso dos botânicos, dos zoólogos e dos linguistas, também fala dos autores que lhe são caros, explica-nos por que escreve e reflete sobre a ligação entre o mundo natural e o cultural. E termina por nos oferecer uma forma oblíqua – mas preciosa – de autobiografia. Com prefácio de Italo Calvino e nota biográfica de Ernesto Ferrero.
Hans Ulrich Gumbrecht | 360 páginas | R$ 58 por R$ 43,50
Depois de 1945 combina o relato autobiográfico a um sobrevoo sobre a história alemã e a história mundial após a Segunda Guerra Mundial, oferecendo reflexões perspicazes sobre Samuel Beckett e Paul Celan, uma exegese detalhada do pensamento de Martin Heidegger e Jean Paul Sartre e análises insuspeitadas sobre fenômenos culturais que vão de Edith Piaf até o Relatório Kinsey. Essa incursão pessoal e filosófica sobre o século passado lança cores e luzes sobre a análise de nossa identidade atual.
Frederico Mazzucchelli | 432 páginas | R$ 79 por R$ 59,25
Prêmio Jabuti 2010 - 2º lugar na categoria Economia, Administração e Negócios
Este livro reúne nove ensaios sobre a economia e a política internacional durante o período que se estende da hegemonia inglesa no século XIX até a eclosão da Segunda Guerra Mundial. A Primeira Guerra Mundial, a emergência dos Estados Unidos como nação líder, a ressurreição e a falência do padrão-ouro, a emergência do comunismo no plano internacional, a incorporação das massas ao cenário político, os desencontros que se sucederam ao Tratado de Versailles, os percalços e as contradições que conduziram à emergência do nazismo, as contínuas mudanças de rota da França no entreguerras, o triunfal regresso e o súbito abandono da Inglaterra aos cânones da ortodoxia, a prosperidade americana dos roaring twenties, a Grande Depressão, as políticas de recuperação de Roosevelt e Hitler e os caminhos que levaram à eclosão do segundo conflito mundial, são alguns dos temas aqui tratados.
Carlos Gustavo Nóbrega de Jesus | 248 páginas | R$ 42 por R$ 31,50
O intuito deste livro é analisar a trajetória e as propostas da Revisão Editora, desde sua fundação, em 1987 até o ano de 2003 . A empresa, sediada em Porto Alegre, pertence a Siegfried Ellwanger, descendente de imigrantes alemães, que adotou o pseudônimo de S. E. Castan. Logo no início, a Revisão divulgou propostas que contestavam a existência do Holocausto, o que a aproximou do movimento denominado revisionismo histórico. Com número não desprezível de adeptos nos EUA e Europa, o movimento propõe rever os acontecimentos da Segunda Guerra. Tal movimento, nos meios acadêmicos, é denominado negacionista, pois, analisando-o detalhadamente, nota-se que a principal característica de seus adeptos é a defesa do anti-semitismo e a negação do Holocausto. Neste contexto a Revisão é tida como o principal pólo divulgador das propostas negacionistas no Brasil.
Mary Del Priore e Carlos Daróz | 262 páginas | De R$ 82 por R$ 61,50
O Brasil foi a única nação da América do Sul a enviar contingentes para as duas grandes guerras. O presente livro permite ao leitor ultrapassar as linhas gerais em que são descritas as participações brasileiras nos dois grandes conflitos mundiais e observar de posição privilegiada o que ocorria na trincheira, no navio, na caserna. A obra vem preencher lacuna ainda sentida na bibliografia relativa à temática, contemplando ângulos raramente explorados do envolvimento brasileiro nas duas guerras, como a geopolítica, a economia, a espionagem, o desenvolvimento de instituições militares e o próprio cotidiano dos soldados no calor da batalha.
Paul Feyerabend | 199 páginas | De R$ 50 por R$ 37,50
Paul K. Feyerabend, um dos filósofos da ciência mais citados e controvertidos de nosso tempo, completou sua biografia em seu último mês de vida. Em um estilo límpido e vibrante, o autor evoca sua família, a ascensão do nazismo, a Segunda Guerra Mundial e cenas do teatro, da música lírica, dos trabalhos da filosofia da ciência, as mulheres de sua vida e suas relações com alguns dos intelectuais mais importantes deste século: Brecht, Wittgenstein e Popper.
Luiz Alberto Moniz Bandeira | 400 páginas | De R$ 62 por R$ 46,50
Em O ‘milagre alemão’ e o desenvolvimento do Brasil, Luiz Alberto Moniz Bandeira demonstra como a emergência da Alemanha, como potência industrial, possibilitou ao Brasil maior capacidade de negociação vis-à-vis dos Estados Unidos, na medida em que constituiu não só uma opção de comércio, mas, igualmente, uma fonte de investimentos e de tecnologia. Apesar de devastada na Segunda Guerra Mundial, a Alemanha Ocidental logo se recuperou e, em pleno boom econômico, destinou, de 1952 até o curso dos anos 1960, a maior parte de seus investimentos ao Brasil, porque não podia fazê-lo nos países comunistas do Leste Europeu e temia uma guerra atômica na Europa.
Günter Frankenberg | 377 páginas | De R$ 82 por R$ 61,50
Pela primeira vez publicado em língua portuguesa, o intelectual alemão Günter Frankenberg apresenta uma análise das técnicas das quais o Estado se vale para exercer e preservar seu poder – especialmente em tempos de Guerra ao Terror, quando governos transcendem o Estado de direito e pervertem as técnicas de segurança nacional. No percurso de sua análise, o autor não apenas joga luzes sobre algumas ambivalências do Estado de direito, mas também defende a legalidade democrática contra tendências que pretendem naturalizar o estado de exceção.
Theodor W. Adorno e Walter Benjamin | 488 páginas | R$ 82 Por R$ 61,50
Neste livro o leitor encontra um dos mais importantes documentos sobre a história intelectual do século XX. A correspondência entre Theodor Adorno e Walter Benjamin esclarece embates a respeito do destino do pensamento dialético, além de expor com clareza a saga dramática dos intelectuais alemães diante do nazismo. Ela é a prova de que o verdadeiro pensamento tem a força de ignorar as adversidades e produzir mesmo nas condições mais adversas. Além de sua riqueza especulativa, a correspondência entre Adorno e Benjamin mostra como nada pode impedir uma ideia de se realizar quando ela enfim encontra seu tempo.
Rui Afonso | 319 páginas | Download gratuito
Se, como se diz, a história pertence aos vencedores, o mesmo ocorre com a história intelectual. Desde a queda do comunismo, houve uma proliferação de artigos e livros equiparando o comunismo ao nazismo, difamando todos aqueles que seguiram, mesmo que apenas durante algum tempo, as cores vermelhas. Diante dessa condenação global, um apelo por maior rigor e objetividade pareceria apropriado. O caso do escritor brasileiro Jorge Amado, ativista comunista exilado na França e depois na Tchecoslováquia nos anos do pós-guerra, pode servir de modelo para ilustrar a complexidade do engajamento de um membro do Partido.
Como Jorge Amado viveu as esperanças, decepções e grandes contradições desse período? O que sua jornada individual tem em comum com a de outros escritores e intelectuais do século XX? O que aprendemos com o destino desse grande escritor brasileiro? Escrito em francês, este livro se debruça sobre essas questões e procura fornecer ao leitor chaves para decifrá-las.