Muitas vertentes discorrem sobre a razão de 8 de março ser considerado o Dia Internacional da Mulher. A mais conhecida conta que, em 1911, 130 operárias de uma fábrica têxtil morreram carbonizadas após protestarem por melhores condições de trabalho. Porém, as lutas aconteciam desde o final do século XIX. A primeira celebração, por exemplo, ocorreu em maio de 1908, nos Estados Unidos, em uma manifestação com cerca de 1.500 mulheres.
Desde então, a data passou por muitas alterações e só foi oficializada em 1921 como homenagem às mais de 90 mil operárias que protestaram em 8 de março de 1917, no movimento chamado "Pão e Paz", contra o czar Nicolau II e as más condições de trabalho, fome e participação russa na Primeira Guerra Mundial.
A proximidade do Dia Internacional da Mulher configura-se como oportuno momento para revisitar a bibliografia existente no Brasil sobre o tema. Diversos títulos da Editora Unesp abordam especificamente a vida, a sexualidade, a saúde, as lutas e os direitos da mulher, entre outros temas. Os livros estão com 20% de desconto até 10 de março. Confira abaixo:
O que Freud dizia sobre as mulheres
Autor: José Artur Molina | Páginas: 183 | De R$ 28 por R$ 22,40
Ao final do século XIX, alguns sintomas desafiavam o saber racional da medicina. Incapazes de identificar fisicamente o que ocorria com algumas mulheres, estas eram classificadas como histéricas. O quadro só se tornou mais claro quando Freud desbravou um novo campo da ciência médica e propôs uma nova forma de tratamento, a psicoterapia. Molina investiga o entorno dessa revolução, que acontece justamente no momento em que o mundo dos homens desaba na antiga Viena, para entender como a modernidade é construída desde a desestruturação da antiga hierarquia entre os sexos.
Dicionário crítico do feminismo
Organizadoras: Helena Hirata, Françoise Laborie, Hélène Le Doaré, Danièle Senotier | Páginas: 344 | De R$ 64 por R$ 51,20
Coletânea de rubricas redigidas por especialistas em cada uma das temáticas abordadas. Visa estimular a reflexão sobre a construção social da hierarquia entre os sexos e desenvolver um pensamento crítico feminista que favoreça a emancipação das mulheres e a igualdade na diferença.
O sexo da mulher
Autor: Gérard Zwang | Páginas: 353 | De R$ 64 por R$ 51,20
Falar de forma franca sobre o sexo feminino e seus mecanismos. Isso bastou para que O sexo da mulher se transformasse em um daqueles livros que arrastam polêmicas atrás de si. O ano era 1967, e suas abundantes referências médicas e antifreudianas fizeram sucesso. Vinte anos depois, uma terceira edição revisada chegou às livrarias francesas, com o mesmo espírito crítico e simplicidade. É esta edição que foi publicada em português.
Mulheres dos outros
Autora: Susani Silveira Lemos França | Páginas: 240 | De R$ 54 por R$ 43,20
Em uma perspectiva pouco usual nos estudos sobre as mulheres na história, Susani Silveira Lemos França se debruça
sobre as nuances do olhar do homem cristão sobre mulheres observadas de longe, por vezes, até com indiferença. Essas narrativas revelam valores partilhados e fórmulas bem aceitas no fim da Idade Média.
Caleidoscópio convexo
Autores: Luis Felipe Miguel e Flávia Biroli | Páginas: 244 | De R$ 40 por R$ 32
Ao discutir as relações entre gênero, mídia e política no Brasil, o livro aborda a maneira como os meios de comunicação se portam ao veicularem notícias sobre o cenário político e destaca as consequências de uma divulgação que privilegia a presença masculina em cargos públicos e reforça a sub-representação política das mulheres.
Ao sul do corpo – 2ª edição
Autora | Mary Del Priore | Páginas: 304 | De R$ 55 por R$ 44
Baseada em documentos do século XVI ao XVIII, a autora resgata personagens e situações anônimas para contar a história da mulher no período colonial. A obra revela as marcas deixadas pela diferença de gênero, como o estereótipo da santa mãezinha provedora, piedosa, dedicada e assexuada, arquétipo que ainda hoje permanece vivo no imaginário brasileiro.
Em defesa das mulheres
Autor: Juan Bautista Cubíe | Páginas: 144 | De R$ 38 por R$ 30,40
Em meio à polêmica causada pelo ensaio Em defesa das mulheres, de Jerónimo Feijoo y Montenegro, surgiram na misógina Espanha do século XVIII um sem número de livros e artigos contra e a favor das mulheres. Entre as obras destacou-se esta, de Juan Bautista Cubíe, publicada em Madri em 1768, a qual permaneceu por gerações como uma síntese da memória da contenda.
Confira outros títulos relacionados:
O dilema da cidadania: Direitos e deveres das mulheres, organizado por Gabriella Bonacchi e Angela Groppi (313 páginas, de R$ 52 por R$ 41,60)
Poesia completa de Yu Xuanji, de Yu Xuanji (144 páginas, de R$ 30 por R$ 24)
Vida e esperança: esterilização feminina no Nordeste, de Anne Line Dalsgaard (320 páginas, de R$ 48 por R$ 38,40)
O gênero nas Ciências Sociais: Releituras críticas de Max Webber a Bruno Latour, de Danielle Chabaud-Rychter, Virginie Descoutures, Anne-Marie Devreux e Eleni Varikas, com tradução de LineimarPereira Martins (595 páginas, de R$ 128 por R$ 102,40)
Mulher e política: A trajetória da primeira-dama Darcy Vargas (1930-1945), de Ivana Guilherme Simili (216 páginas,de R$ 46 por R$ 36,80)
Mulheres e crianças na imprensa paulista (1920-1940), de Raquel Discini de Campos (224 páginas, de R$ 58 por R$ 46,40)
Para além das nossas fronteiras: mulheres brasileiras imigrantes na Holanda, de Luciane Pinho de Almeida (272 páginas, de R$ 58 por R$ 46,40)
Aborto, saúde e cidadania, de Wilza Vieira Villela e Regina Maria Barbosa (128 páginas, de R$ 26 por R$ 20,80)
Sob o signo de Atena: gênero na diplomacia e nas Forças Armadas, de Suzeley Kalil Mathias (280 páginas, de R$ 54 por R$ 43,20)
Em busca dos contos perdidos: O significado das funções femininas nos contos de Perrault, de Mariza B. T. Mendes (154 páginas, de R$ 38 por R$ 30,40)
Disponíveis para download gratuito:
A constituição da subjetividade feminina em Alfonsina Storni, de Nildicéia Aparecida Rocha (254 páginas)
Diálogos entre feminilidade e maternidade, de Thassia Souza Emidio (184 páginas)
Da sedução e outros perigos, de Flávia Regina Marquetti (498 páginas)
Da feminilidade oitocentista, de Elisa Maria Verona (125 páginas)