A Tomada da Bastilha, em 14 de julho de 1789, é considerada um marco da Revolução Francesa, movimento inspirado nos princípios Iluministas de Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Naquela data, a fortaleza e prisão de Paris, que possuía importância estratégica para o absolutismo, foi invadida pelos revolucionários e os presos políticos foram libertados.
O evento provocou uma onda de reações em toda a França, assim como no resto da Europa, que se estendeu até a distante Rússia Imperial, sendo considerado historicamente como a passagem da Idade Moderna para a Idade Contemporânea.
Confira os destaques publicados pela Editora Unesp sobre o tema.
Autores: Denis Diderot, Jean le Rond d´Alembert | Organizadores: Pedro Paulo Pimenta e Maria das Graças de Souza | Preço unitário R$ 82
A Enciclopédia, símbolo de um dos maiores e mais complexos projetos editoriais da história, ganha sua mais abrangente tradução já feita em português. São seis volumes, ilustrados com imagens reproduzidas da edição original, que reúnem verbetes selecionados segundo sua qualidade literária e nível de argumentação por Pedro Paulo Pimenta e Maria das Graças de Souza (organizadores da versão brasileira). Os textos são dos mais consagrados entre os 140 autores identificados na edição original, do século XVIII. Na obra original, os verbetes estão arranjados em uma simples ordem alfabética, que foi mantida na edição em português, mas acrescentando uma divisão temática, que se reproduz nos seis volumes:
1. Discurso preliminar e outros textos, onde se contextualiza e se apresenta o projeto intelectual da Enciclopédia;
2. O sistema dos conhecimentos, em cujos verbetes filosóficos se manifesta a nova concepção de mundo e uma postura que se opõe a todo fanatismo;
3. Ciências da natureza, um registro acurado do conhecimento de Física, Matemática, Química e História Natural da época;
4. Política, que, mais do que um manifesto da emergente burguesia, questiona as forças históricas e reafirma o movimento pela liberdade;
5. Sociedade e artes, que permite observar os modos como uma dada sociedade se manifesta;
6. Metafísica, sobre os temas imanentes à experiência, uma ciência da articulação sensível do sentido.
Autor: Thierry Lentz | 184 páginas | R$ 38
Filho da Córsega, general da Revolução, primeiro cônsul, imperador, proscrito e depois triunfante, mesmo após sua morte Napoleão influenciou o andamento das questões francesas, europeias e mundiais. Mais que uma simples biografia cronológica do homem cujo mito causa ainda forte impressão à humanidade, esta síntese transparente propõe uma reflexão sobre a vida, a obra e a herança de Napoleão, partindo do princípio de que atualmente é possível discutir o tema sem as paixões de antigamente e com o distanciamento necessário ao historiador.
Autor: Louis-Antoine de Saint-Just | 152 páginas | R$ 38
"O Espírito da Revolução" não é apenas a obra de um homem de ação, mas também, a de um pensador e de um teórico. Sua experiência revolucionária, suas considerações sobre as instituições políticas e sobre os costumes sociais, levam o leitor a vislumbrar a exequibilidade da concretização de uma ordem social mais justa e fraterna; possibilitam, ainda, pensar a edificação da democracia num processo de transição, no momento em que uma estrutura social esgota suas potencialidades e os homens arquitetam a nova sociedade.
Autor: Roger Chartier | 310 páginas | R$ 64
A proposta deste livro não é oferecer respostas prontas ou explicar a Revolução Francesa. Pelo contrário, trata-se de um ensaio feito para propor questionamentos. Para isso, são revistos numerosos textos de diversos autores em busca de um amplo entendimento do universo mental, cultural e político dos franceses durante o século XVIII. O autor se fundamenta na convicção de que o conhecimento e as formas de obtê-lo mudaram muito nos últimos 50 anos. Alia-se a isso o fato de que as origens da Revolução precisam ser constantemente colocadas sob novas perspectivas. Isso gera uma reflexão diferente, polêmica, criativa e intelectualmente enriquecedora.
Autor: Michel Vovelle | 104 páginas | R$ 32
A Revolução Francesa "foi, e continua sendo, a base para uma enorme esperança, a esperança de mudar o mundo, eliminando as injustiças, em nome das luzes da razão e não de um fanatismo cego. Como ela se inscreveu na história num momento determinado da evolução das forças econômicas, sociais e culturais, sabemos que seu êxito teve origem na união das aspirações da burguesia e das classes populares. E, por causa disso, percebe-se bem tudo que fica faltando: a conquista da igualdade pela mulher, a ratificação do fim da escravidão, mas, sobretudo, a eliminação das desigualdades sociais, no momento mesmo em que, ao desferir o golpe derradeiro no feudalismo, ela estabelece as bases sobre as quais irá progredir a sociedade liberal, do século XIX até os dias de hoje."
Autor: Peter Burke | 176 páginas | R$ 52
Neste livro, Peter Burke reconstrói criticamente o movimento intelectual associado à revista francesa Annales. Em linguagem ao mesmo tempo direta e rigorosa, o autor distingue as três principais gerações de historiadores que deram perfil e consistência a esta que é considerada a mais importante força de propulsão da chamada “História Nova” – a de Lucien Febvre e Marc Bloch, a de Fernand Braudel e a de Duby, Le Goff e Le Roy Ladurie –, responsável por uma “revolução” na historiografia. Lançado simultaneamente na Inglaterra e no Brasil, A escola dos Annales preenche uma lacuna em nossa bibliografia histórica, fornecendo ao leitor e ao especialista um material de raro valor e utilidade.
Autor: Roger Chartier | 396 páginas | R$ 64
Esta obra apresenta oito ensaios que constituem uma história cultural em busca de textos, crenças e gestos aptos a caracterizar a cultura popular tal como ela existia na sociedade francesa entre a Idade Média e a Revolução. O intelectual francês mostra que a cultura escrita influencia mesmo aqueles que não produzem ou leem textos, mas interagem com eles. Ao revisitar a chamada Biblioteca Azul, coleção de livros acessíveis vendidos por ambulantes (romances de cavalaria, contos de fada, livros de devoção), além de documentos próprios da chamada "religião popular" e textos sobre temas que se dirigem a um público geral, como a cultura folclórica, o autor enfoca as tênues fronteiras entre a chamada cultura erudita e a popular e mostra como se ligam duas histórias: da leitura e dos objetos de leitura.
Autora: Sonia Alem Marrach | 272 páginas | R$ 60
Este livro se insere no campo da história da educação contemporânea compreendida como parte da história da cultura, e propõe uma ruptura com as clássicas matrizes disciplinares legadas pelo conhecimento moderno.
Autor: John Gray | 57 páginas | R$ 20
Voltaire (1694 - 1778) inquietou o poder na Europa do século XVIII. Mais do que escarnecer, seu intuito era infundir na ignorância a luz da ciência e do intelecto. Mas, à medida que os triunfos do Iluminismo foram sendo postos em xeque, o escárnio voltou-se contra ele. Gray oferece radical reavaliação do fascinante Voltaire, desmistificando o ícone e revelando sua grandeza.
Autor: Marcos Antônio Lopes | 144 páginas | R$ 42
Instigante, profundo, informativo, esclarecedor e atraente, este livro demonstra um perfil da relação do grande iluminista Voltaire com a história e com a historiografia. Ao enriquecer o retrato de Voltaire, um dos mais fascinantes autores do século XVIII, Marcos Antônio Lopes concilia aspectos inovadores e tradicionais do pensamento desse iluminista, propondo que o vejamos como continuador e renovador de um antigo gênero literário (o dos espelhos dos príncipes), ao construir um modelo de príncipe ideal, devotado à boa administração dos negócios públicos e ao aperfeiçoamento das artes e das ciências. Resultado do trabalho solitário do autor dos textos voltairianos e de conversações, que manteve por vários anos, com pesquisadores de diversas instituições.
Autora: Carlota Boto | 208 páginas | R$ 48
A atualidade da perspectiva pedagógica do projeto iluminista é o assunto principal do trabalho de Carlota Boto. Trata-se de um retorno às origens da perspectiva educacional do Ocidente moderno, aos escritos de Rousseau, Diderot e Voltaire. A autora mostra como o projeto iluminista já adiantava questões que hoje estão na ordem do dia, como as funções do Estado e a estrutura das políticas públicas, e reatualiza a discussão sobre o caráter emancipatório dos processos educacionais.
Autor: Michel Vovelle | 296 páginas | R$ 68
Nesta obra, Michel Vovelle retrata os dez anos da Revolução Francesa à luz das mais recentes descobertas e interpretações da pesquisa historiográfica. Com uma narrativa concisa e envolvente, o autor coloca em perspectiva as versões tradicionais dos acontecimentos da época, assim como levanta novos questionamentos para as gerações atuais.
Autor: François Dosse | 368 páginas | R$ 76
François Dosse empreende um estudo epistemológico a fim de reabilitar a noção de “acontecimento” na historiografia. Em diálogo com o crescente interesse pelos fenômenos singulares, por parte das ciências humanas, o autor propõe uma nova interpretação desse conceito, entendendo-o não mais de modo restritivo, e sim a partir da constatação de seu caráter enigmático e indefinido.
Confira outros títulos a seguir:
A cadeia secreta, de Franklin de Mattos | 162 páginas | R$ 36
A questão Jean-Jacques Rousseau, de Ernst Cassirer | 146 páginas | R$ 42
A trama da natureza: Organismo e finalidade na época da Ilustração, de Pedro Paulo Pimenta | 469 páginas | R$ 79
Cartas escritas da montanha, de Jean-Jacques Rousseau | 452 páginas | R$ 86
Cinco memórias sobre a instrução pública, de Condorcet | 264 páginas | R$ 54
Descartes, de John Cottingham | 55 páginas | R$ 20
Ensaio sobre a origem dos conhecimentos humanos, organizado por Étienne Bonito de Condillac e Pedro Paulo Pimenta | 383 páginas | R$ 72
Ensaios sobre o ensino em geral e o de Matemática em particular, de Sylvestre-François Lacroix | 336 páginas | R$ 62
Instrução pública e projeto civilizador, de Carlota Boto | 428 páginas | R$ 72
Natureza e ilustração: Sobre o materialismo de Diderot, de Maria das Graças de Souza | 178 páginas | R$ 42
O Sobrinho de Rameau, de Denis Diderot | 183 páginas | R$ 45
Os arquitetos da ordem anárquica: De Rousseau a Proudhon e Bakunin, de Patrizia Piozzi | 200 páginas | R$ 58
Pascal, de Ben Rogers | 65 páginas | R$ 20
Reflexões e máximas, de Vauvenargues (Luc de Clapier) | 136 páginas | R$ 42
Textos autobiográficos (Rousseau), de Jean-Jacques Rousseau| 184 páginas | R$ 52
Um mundo sem guerras: A ideia de paz das promessas do passado às tragédias do presente, de Domenico Losurdo | 434 páginas | R$ 89